Frei Betto

Carlos Alberto
Libânio Christo, o Frei Betto, (Belo Horizonte, 25 de agosto de 1944) é um
escritor e religioso dominicano brasileiro, filho do jornalista Antônio Carlos
Vieira Christo e da escritora e culinarista Maria Stella Libanio Christo,
autora do clássico "Fogão de Lenha - 300 anos de cozinha mineira"
(Garamond). Professou na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São
Paulo. Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e
sociais, tendo ocupado a função de assessor especial do presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização
Social do programa Fome Zero. Em 1962, foi escolhido como dirigente nacional da
Juventude Estudantil Católica (JEC). Esteve preso por duas vezes sob a ditadura
militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir quatro anos de
prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para dois anos. Sua experiência na
prisão está relatada nos livros "Cartas da Prisão" (Agir),
"Diário de Fernando - nos cárceres da ditadura militar brasileira"
(Rocco) e Batismo de Sangue (Rocco). Premiado com o Jabuti de 1983, traduzido
na França e na Itália, Batismo de Sangue descreve os bastidores do regime
militar, a participação dos frades dominicanos na resistência à ditadura, a
morte de Carlos Marighella e as torturas sofridas por Frei Tito. Baseado no
livro, o diretor mineiro Helvécio Ratton produziu o filme Batismo de Sangue,
lançado em 2007. Após sair da prisão, foi trabalhar até o final da década de
1970, construindo Comunidades Eclesiais de Base CEB's na Arquidiocese de
Vitória (Espírito Santo). Na década de 1980 foi para São Paulo para trabalhar
como assessor da Pastoral Operária na Região de São Bernardo do Campo. Frei
Betto recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a
favor dos movimentos populares. Assessorou vários governos socialistas, em
especial Cuba, nas relações Igreja Católica-Estado.
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